Ashleigh Barty, a número um do mundo, se aposenta

No final de março de 2022, Ashleigh Barty causou surpresa ao anunciar que se aposentaria do tênis com apenas 25 anos. Ela afirmou que estava animada para os seus próximos passos – mas que passos seriam esses?

Ashleigh Barty Retires as World Number One

Os fãs de tênis e as pessoas que gostam de apostar no tênis ficaram boquiabertos quando a jovem e talentosa australiana anunciou o fim de sua carreira – e isso pegou todo mundo de surpresa. Ela disse que estava animada com o que aconteceria a seguir, mas quando foi perguntada sobre o que era, ela simplesmente disse que as pessoas tinham que esperar para ver.

Deu tudo de si

A australiana, que venceu o Grand Slam três vezes, disse que deu tudo de si enquanto estava em atividade. Ela não descartou outro esporte, mas afirmou que estava muito animada para retribuir à comunidade. Ela disse que sempre quis ter tempo para “contribuir de outras maneiras” e sua aposentadoria lhe dá essa oportunidade – e traz empolgação, segundo ela.

Barty disse que estava muito animada para ajudar australianos indígenas a terem acesso ao esporte desde cedo.

Ela é conhecida por ser uma estrela dos esportes extremamente talentosa. Ela inclusive jogou na primeira temporada da Big Bash League feminina australiana em 2015-16 após decidir fazer uma pausa no tênis.

Algumas pessoas sugeriram que ela poderia jogar até golfe ou futebol australiano – e ela não descartou nenhuma hipótese. Ela disse que é uma atleta que quer experimentar algo novo. Parece que, até o momento, tudo é uma possibilidade.

Melhor Jogadora de Tênis

Ash Barty fez sucesso em 2019 quando venceu o Aberto da França. Após essa vitória, ela venceu o torneio mundialmente famoso de Wimbledon em 2021. Em janeiro de 2022, ela consolidou seu status como lenda do tênis australiano ao se tornar a primeira jogadora do país a vencer o Aberto da Austrália – seja da categoria masculina ou feminina, em 44 anos.

No entanto, apenas alguns meses depois, ela admitiu que estava pensando em se aposentar desde a sua vitória em Wimbledon. Ela sofreu uma lesão enquanto jogava no Aberto da Austrália, e levou algum tempo até conseguir se recuperar.

Pairaram dúvidas se o caráter dessa aposentadoria era permanente, já que as ex-vencedoras do Grand Slam Justine Henin e Kim Clijsters já retornaram ao esporte após o anúncio de suas aposentadorias. Ela respondeu as críticas da mesma maneira de sempre – ao simplesmente dizer “nunca diga nunca”. Parece que ela não quer se comprometer com o futuro.

Apoio dos fãs

Barty recebeu uma enxurrada de elogios de fãs e jogadores depois de fazer seu anúncio oficial. Seu maior apoio, no entanto, veio de seu noivo, Gary Kissick. Coincidência ou não, a aposentadoria veio logo após o casal marcar a data para o seu casamento.

Seu treinador, Craig Tyzzer, aparentemente não ficou chocado com as notícias. Ele sabe que Barty é uma mulher que faz o que quer – e ele até concorda que este pode ser um bom momento para ela, logo após a vitória histórica no Aberto da Austrália. Ela virou uma grande estrela no país – e a vitória representou muito para ela e para o seu povo. Mas será que ela ainda tem ânimo para fazer mais? Pelo menos, não no momento.

A nova número um

Barty faz a escolha de se afastar do esporte enquanto ocupava o posto de número um do mundo. Essa aposentadoria significa, portanto, que esse espaço no topo deve ser ocupado por um novo nome. E parece que a mulher que vai ocupar este lugar é a polonesa de 20 anos Iga Swiatek. Swiatek é a primeira jogadora a ganhar cinco ou mais títulos antes de completar 21 anos desde Caroline Wozniacki, em 2009.

Barty dá o seu apoio a Iga – descrevendo-a como uma pessoa incrível e excelente tenista. Ela é nova, destemida e enérgica – é um grande nome para o tênis feminino. Será que a decisão de Barty pode realizar os sonhos da jovem Swiatek?

Uma verdadeira heroína australiana

Barty inspirou fãs de toda a Austrália e do mundo inteiro com suas conquistas. Ela é uma inspiração para jogadores jovens e que querem imitar sua vitoriosa e curta carreira.

Barty tem muito orgulho de ser uma mulher aborígine – e como tal, ela agora quer trabalhar com jovens indígenas australianos para ajudá-los a atingir seu potencial, tanto dentro quanto fora da quadra. Ela já começou a trilhar esse caminho – e com a aposentadoria ela pode dedicar ainda mais tempo.

Ela se tornou a número um do mundo em 2019 – e ocupou o primeiro lugar por 144 semanas desde então. Esse é um feito raro: as únicas jogadoras que se mantiveram no topo por mais tempo são Martina Navratilova (156 semanas), Steffi Graf e Serena Willians (186 semanas cada).

Ela foi muito importante para o esporte. O seu retorno certamente trará um sorriso para o rosto de seus conterrâneos e de quem gosta de apostar em tênis. De qualquer modo, foi um enorme prazer conhecer você, Barty.